Crescer ou não crescer, eis a questão. Dirigido mais uma vez
por David F Sandberg (Anabbelle 2 2017), a sequência de Shazam! (2019), traz de
volta o querido personagem duplamente interpretado por Zachary Levi e Asher Angel.
Nessa nova aventura o protagonista é responsável por salvar
a humanidade das mãos das filhas de Atlas, Hespera (Helen Mirren), Kalypso
(Lucy Liu) e Anthea (Rachel Zegler), que
pretendem roubar o cajado do mago Shazam para tirar os poderes de Billy Batson e de seus irmãos adotivos, além de
reconstruírem o reino dos deuses plantando a Árvore da Vida.
Com um humor tão ou um pouco mais infanto-juvenil que o que
vimos no primeiro filme, o que mais chama a atenção nessa continuação é a
sincronia do elenco ao representar um grupo de crianças e adolescentes em
corpos adultos, os atores só não entenderam a proposta como também é nítido o
quanto se deleitaram e divertiram se colocando no lugar de crianças. Mesmo os
atores que não interpretaram uma das crianças, como as irmãs, filhas de Atlas,
conseguiram transparecer o compromisso e a seriedade com que levaram o projeto,
dando o melhor de si pra não passarem desapercebidas e trazerem à tona a essência
mais pura e convincente possível de deusas injustiçadas.
O roteiro é rápido e direto ao ponto, trazendo indiretamente
algumas cenas de recapitulação dos ocorridos no primeiro filme, como na cena em
que Shazam está no consultório do pediatra, fazendo um breve resumo de sua
história e assim, consecutivamente, uma pequena retrospectiva dos episódios
passados, o que é de grande ajuda para o público que não teve tempo para
reassistir ao primeiro filme.
A direção do filme e fotografia estão bem alinhadas conforme
o padrão DC, nos trazendo uma palheta de cores diversificada e um CGI convincente
apesar de não perfeito, como o próprio protagonista diz em uma das cenas em que
está duelando com um dragão e quebra a quarta parede quando crítica o CGI do
filme.
Shazam! Fúria dos Deuses é um desses filmes que não traz nada
de novo em termos técnicos, de história ou roteiro, não é um dos melhores
filmes da DC, contudo é de fato um bom filme de entretenimento, para ir ao cinema,
dar uma espairecida com os filhos e amigos, rir de algumas maluquices e
esquecer dos problemas.
Quanto ao futuro do herói, com a entrada do James Gunn na DC tudo ainda parece incerto, entretanto tendo em vista as cenas pós créditos, do Shazam sendo convidado à fazer parte da sociedade da justiça e o senhor cérebro indo visitar o vilão doutor Silvana ( Mark Strong) na prisão, tudo indica que muita coisa ainda está por vir.
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