Primeiras impressões - Estreia 5ª temporada de The Marvelous Mrs. Maisel

  Dia 14 de Abril, estreou a quinta e última temporada de The Marvelous Mrs. Maisel e o prime video liberou três episódios. Após uma conversa franca com Lenny Bruce (Luke Kirby) no fim da temporada passada, Midge ( Rachel Brosnahan) é obrigada a encarar os fatos, entretanto é tarde demais para voltar atrás e abrir o show de Tony Bennet. Esse é o ponto em que ela percebe que precisa voltar a se mover se realmente deseja prosseguir e ser bem sucedida em sua carreira como comediante. A temporada já começa com uma cena de 1981, de uma garota em uma espécie de terapia, essa garota o roteiro não deixa claro quem é, mas tudo indica ser a filha de Midge porque no segundo episódio vemos uma espécie de documentário onde essa mesma garota ou uma muito parecida com ela está dando entrevista sobre como é ser a filha de Midge Maisel. Eu acho que essas cenas do futuro são muito boas e dá até um aperto no coração de saber que o roteiro está fazendo isso propositalmente para conseguir encerrar ...

O fim de John Wick Baba Yaga

Em seu quarto e último filme, John Wick (Keanu Reeves) prossegue lutando para sobreviver. Lutando com unhas e dentes, o seu novo dilema é se livrar das garras do frio e impiedoso marquês de Gramont (Bill Skarsgard – It 2016).

Dirigido pela quarta vez por Chad Skahelski, dessa vez o filme traz um tom de épico misturado com fim, e não é à toa que podemos considerar esse o melhor filme da saga, tendo em vista que tudo foi multiplicado por quatro, muito mais luta, muito mais ação, muito mais frases de efeito, perseguições e mortes.

A atuação é um dos trunfos do filme, grande elenco, grandes badasses, grandes vilões e caçadores de recompensas sanguinários, desde membros já conhecidos do elenco como Ian MacShane que interpreta Winston até o próprio Bill Skarsgard que entrou nesse novo filme, todos entraram muito bem em seus respectivos personagens, que apesar de muitas vezes caricatos, trazem o tom certo que o filme tanto requer.

A direção é outro ponto positivo a ser comentado, utilizando de muitos recursos interessantes de planos sequências, planos amplos e contemplativos, além de jogo de câmeras veloz e excepcional nas partes de luta.

Se por um lado o longa acertou muito, por outro também não podemos nos esquecer que tudo tem um limite, e os criadores do filme conseguiram ultrapassar todos eles, começando pelas sequências de luta que ultrapassam qualquer tipo de lei da física possível, imaginável, deixando o filme incrível , porém pouco acreditável e palatável ao mesmo tempo. Quando você torna um personagem intocável como foi o caso do que os roteiristas fizeram com o processo de caça ao John Wick, pra quem assiste, este processo se torna surreal e moroso.

A duração do filme é outro aspecto que é de se preocupar, pois andando em círculos a história é desenrolada em longas e cansativas duas horas e quarenta, sempre sob uma mesma perspectiva precisamos caçar e matar o protagonista, ele precisa fugir porque sim, pecando por não dar uma motivação maior para o personagem prosseguir com a sua vida e querer viver e nos dando oportunidade para reavaliar se realmente queremos que ele saía ileso de toda essa história, devido ao tamanho de redundância e lacunas presentes na história.  

As frases de efeito também podem ser um problema se você é se sensível à conteúdo mal romantizado e piegas.

John Wick é encerrado de forma conclusiva, no entanto talvez insatisfatória para maioria dos fãs, trazendo um final paradoxalmente esperado e inesperado, contudo dando um ponto final que todos precisávamos depois de quatro longas girando em torno de um mesmo assunto.

Pra quem curte só ligar a televisão, deitar e relaxar enquanto assiste uma boa pancadaria sem fim vale à pena cada segundo deste filme.

 

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