Primeiras impressões - Estreia 5ª temporada de The Marvelous Mrs. Maisel

  Dia 14 de Abril, estreou a quinta e última temporada de The Marvelous Mrs. Maisel e o prime video liberou três episódios. Após uma conversa franca com Lenny Bruce (Luke Kirby) no fim da temporada passada, Midge ( Rachel Brosnahan) é obrigada a encarar os fatos, entretanto é tarde demais para voltar atrás e abrir o show de Tony Bennet. Esse é o ponto em que ela percebe que precisa voltar a se mover se realmente deseja prosseguir e ser bem sucedida em sua carreira como comediante. A temporada já começa com uma cena de 1981, de uma garota em uma espécie de terapia, essa garota o roteiro não deixa claro quem é, mas tudo indica ser a filha de Midge porque no segundo episódio vemos uma espécie de documentário onde essa mesma garota ou uma muito parecida com ela está dando entrevista sobre como é ser a filha de Midge Maisel. Eu acho que essas cenas do futuro são muito boas e dá até um aperto no coração de saber que o roteiro está fazendo isso propositalmente para conseguir encerrar ...

A confusão de Enxame - Análise Crítica

Quem aí não é um grande fã de um (a) grande artista que atire a primeira pedra!

Estrelado pela atriz indicada ao Bafta de melhor atriz coadjuvante pelo filme Judas e o Messias Negro, Dominique Fishback encarna dessa vez a problemática serial killer Dre, que é obcecada pela cantora Ni’Jah (Nirine S. Brown).

A série é criada por Donald Glover (Atlanta) e Janine Nabers (Watchmen) explorando e retratando a cultura tóxica e problemática dos fãs obcecados pelos artistas.

A história é inspirada em fatos reais de pequenos acontecimentos que foram acontecendo nos EUA das mais variadas fandoms, e a artista retratada na série é uma versão da Beyoncé, inclusive o nome da série faz alusão ao fã clube da diva, que é Bey Hive = Colmeia e o nome da série em inglês é Swarm = Enxame.

Com um toque de terror, drama e comédia, os acontecimentos se passam de maneira muito rápida nos sete episódios de cerca de trinta minutos cada e acompanha a protagonista em diferentes estágios de sua vida. É eufemismo dizermos que essa é uma história completamente bizarra e assustadora se a trouxermos para o mundo real, contudo o enredo não convence ao retratar tudo com pressa e pouco aprofundamento, tornando a história redundante, pobre de detalhes e fraca.

A confusão estrutural é também preocupante, porque acaba deixando os fatos jogados ao vento e você meio que é obrigado a tentar adivinhar a organização exata dos fatos narrados.

Nos dois últimos episódios entendemos um pouco melhor a história, ainda assim lacunas ficam em aberto.

A atuação de Dominique é a cereja desse bolo insosso, ela realmente passa muita verdade ao interpretar essa personagem tão complexa, mesmo o roteiro entregando uma história tão vaga e escassa de informações relevantes.

Uma participação especial na série que me surpreendeu bastante é o de Billie Eillish que está muito bem na pele de Eva, uma espécie de hippie que vive em um alojamento para garotas e decide ajudar Dre. Primeiro me surpreendi com o tempo de tela dela, pois eu acreditava que ela apareceria bem menos e segundo porque ela realmente entregou uma atuação bastante consistente e firme de sua personagem e não ficou por baixo de nenhum outro ator veterano do elenco.

Apesar de achar o desenrolar da história do começo ao fim muito ruim, o episódio que simula um documentário policial foi um ponto que eu achei bem legal, pois conseguimos perceber uma outra perspectiva da história.

Enxame é uma produção que acerta em cheio na sua proposta de criticar a idolatria de determinados fã clubes, porém peca ao fazer isso através de um projeto que parece que foi feito de qualquer jeito.


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