Inspirada na HQ homônima escrita por Jeff Lemire e criada por Jim Mickle (Somos o que Somos - 2013), a série que tem produção da Warner Bros em parceria com a Netflix. Conta a história de um menino híbrido que nasceu metade humano e metade cervo chamado Gus (Christian Convery) ele é criado pelo pai no meio da floresta, mas ao perde-lo para a gripe Gus é obrigado a seguir em frente e decide procurar a sua mãe com a ajuda de seus novos amigos Grandão - Tommy Jepperd (Nonso Anozie) e Ursa (Estefania Owen).
O planeta está passando por uma crise, um vírus que parece o da gripe está infectando e matando milhares de pessoas e gestantes estão parindo crianças híbridas que estão sendo exterminadas e caçadas por um grupo de homens maus.
A produção é muito boa, a fotografia é solar, a luz é leve e cabe muito bem ao tom fantasia pregado ao show. Em alguns momentos eu achei os efeitos visuais utilizados para os híbridos muito fracos e feios. De verdade, o melhorzinho de todos os híbridos foi o Gus, porque de resto, é um pior que o outro, não convenceram nenhum pouco, pareciam todos fantasiados com roupas de lojinhas de um real para um baile de Halloween.
O roteiro, por outro lado, é genial! Eu amei tudo do começo ao fim. Eles se aventuram por diversos gêneros diferentes, desde comédia, drama, fantasia, porém tudo na medida certa e um sem invalidar o outro. Os primeiros episódios fluíram de maneira mais vagarosa, entretanto nada que prejudicasse a história ou o seu desenvolvimento, pelo contrário, eles estavam apenas preparando terreno e estruturando tudo o que precisaria ser estruturado para dar um sentido maior aos acontecimentos posteriores. Do sexto ao oitavo episódio a coisa caminhou do jeito que eu gosto, com muita tensão, movimento e fluidez. Uma coisa que eu achei incrível é que eles não deixaram pontas soltas no sentido de passado de personagem, todos os do núcleo principal tiveram as suas origens muito bem alinhas e isso é raro de acontecer, ainda mais em uma única temporada.
O elenco é formado por muita diversidade, desde atores brancos, negros, origem indiana à atores velhos, novos, crianças, etc. As atuações estão ótimas, o elenco mirim é talentoso e cativante. Christian Convery é um menino que tem tudo o que o papel precisa, uma mistura de inocência e carisma não tão fáceis de se achar em um ator em tão tenra idade. Os coadjuvantes são bastante valorizados, a história é bem dividida. Conseguimos entender os traumas, feridas e motivações de cada um deles, nos simpatizando com eles e o mais importante, torcendo enlouquecidamente pelas suas conquistas.
Apesar de ser um dos personagens mais fofos que eu já vi em alguns momentos eu fiquei com muito odeio de Gus, principalmente no último episódio quando ele liga para os caras maus e "se entrega" a eles causando a quase morte de seu próprio amigo, o Grandão.
Após ser capturado, para uma futura continuação eu sei que Gus conquistará muito o coração de todos que estão no laboratório e os farão repensar muitas de suas atitudes e ideologias assim como fez em todos os lugares em que passou desde o momento em que saiu da floresta na companhia de Tommy.
Eu devorei a série, assisti tudo em um dia e espero muito por uma confirmação da segunda temporada porque história é o que não falta. Enquanto eles não falam nada, estarei pesquisando mais sobre a HQ, porque agora eu já sou um fã!
A primeira temporada estreou no dia 04 de Junho e encontra-se disponível na Netflix.
E vocês, o que acharam da série? Deixe o seu comentário.
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