Após o sequestro de seu filho, Assane (Omar Sy) é obrigado a se unir com o policial Youssef Guedira (Soufiane Guerrab) para conseguirem livrar o menino das garras de Leonard (Adama Niane), entretanto as coisas realmente se complicam quando o menino é levado às mãos de Hupert Pellegrini (Hervé Pierre) como forma de atrair Assane. Gente essa temporada teve muitos reviravoltas legais, algumas escolhas que funcionaram bem para o desenvolvimento da história, contudo algumas que eu não consegui gostar.
Eu amo todo o arco Assane e Youssef, gosto da maneira como os personagens interagem entre si, da admiração e instigação que o ladrão causa no policial e é incrível como ele tinha dado como certo a ingenuidade do protagonista e acabou batendo com a cara na parede, aliás Youssef passa essa parte da série inteira apenas se surpreendendo com tamanha sagacidade e talento de Assane. Outro momento auge da temporada é a maneira como o ladrão consegue induzir Juliette Pellegrini (Clotilde Hesme) a fazer tudo o que ele quer, todo o lance com o investidor canadense, o restaurante, o roubo do quadro, tudo cem por cento impecável.
Mesmo assim, tiveram momentos que eu achei tosco, como quando ele algema o policial dentro do banheiro, que policial em sã consciência cairia numa situação dessas? Ou quando Claire (Ludivine Sagnier) engana os capangas de Hupert e ajuda Assane a fugir deles e não entregando-o conforme o acordado, quem acreditaria que ela não contaria nada a ele? Eu sei que esses são artifícios utilizados para tornarem o enredo mais fluído e as situações mais suscetíveis, porém eu acho que Lupin é uma série que não precisa disso, a série funciona por si só, o personagem é foda por si só. Esses momentos acabam banalizando um pouco todas as sacadas realmente bem articuladas e bem fundamentadas que a trama nos traz.
Benjamin Ferel (Antoine Gouy) é um personagem que tem um maior destaque nesses novos episódios, e é possível ver um pouco mais sobre a amizade duradoura que ele tem com Assane. As cenas em que eles fogem da polícia pelas regiões subterrâneas da cidade são demais, ver o quão complementar é a relação deles e o quanto juntos eles funcionam bem é sem dúvidas um dos pontos assertivos do roteiro.
Um super Plot Twist, talvez o maior deles, dessa temporada, é o novo personagem Philippe Courbert (Stefan Crepon), que atua como uma espécie de corretor financeiro para auxiliar Pellegrini com os desvios de dinheiro, mas que na verdade é um parceiro de crime de Assane e se une ao vilão apenas para ajudar o protagonista a cumprir com a missão, que é desmascarar Hupert e mandá-lo para a prisão.
A produção é muito boa, as cenas bem dirigidas, tivemos mais movimento e ação desta vez o que é sempre muito bom, pois torna a história mais dinâmica e gostosa de ser assistida. Eu vi todos os episódios em uma madrugada só, fácil, fácil rs...
Compacta como a primeira parte e contendo apenas cinco episódios, essa segunda manteve o nível do show, intercalando entre momentos de sacadas épicas e subterfúgios pouco louváveis.
Com um final satisfatório, a terceira parte já está confirmada, resta a nós apenas teorizarmos e ficarmos de olho na data de liberação da sequência.
A série está disponível na plataforma Netflix.
E vocês, curtiram ver as novas peripécias de Lupin? Possuem teorias para o final da série?
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