Primeiras impressões - Estreia 5ª temporada de The Marvelous Mrs. Maisel

  Dia 14 de Abril, estreou a quinta e última temporada de The Marvelous Mrs. Maisel e o prime video liberou três episódios. Após uma conversa franca com Lenny Bruce (Luke Kirby) no fim da temporada passada, Midge ( Rachel Brosnahan) é obrigada a encarar os fatos, entretanto é tarde demais para voltar atrás e abrir o show de Tony Bennet. Esse é o ponto em que ela percebe que precisa voltar a se mover se realmente deseja prosseguir e ser bem sucedida em sua carreira como comediante. A temporada já começa com uma cena de 1981, de uma garota em uma espécie de terapia, essa garota o roteiro não deixa claro quem é, mas tudo indica ser a filha de Midge porque no segundo episódio vemos uma espécie de documentário onde essa mesma garota ou uma muito parecida com ela está dando entrevista sobre como é ser a filha de Midge Maisel. Eu acho que essas cenas do futuro são muito boas e dá até um aperto no coração de saber que o roteiro está fazendo isso propositalmente para conseguir encerrar ...

A intensidade de Os Estados Unidos contra Billie Holiday



A nova empreitada de Lee Daniels (Preciosa - 2009), nos conta a história da grande artista do Jazz, Billie Holliday, inspirado nos fatos narrados no livro Chasing the Screams escrito por Johann Hari. Nele conseguimos acompanhar a trajetória da artista desde os seus anos mais tenros, até o momento de sua morte. Os seus desafios, medos, feridas e frustrações.


O roteiro acerta em cheio em não ter medo de se aprofundar na personagem, conseguimos em muitas situações sentir tudo o que a personagem sente e o mais importante, entender as suas motivações e acompanhar de perto as razões que a fizeram ser quem é. Com uma proposta bastante conscientizadora  e instrutiva em relação ao racismo nos Estados Unidos dos anos trinta e quarenta e do quanto a figura pública lutou pelos direitos dos negros e o que Holiday simbolizou na luta pela liberdade de expressão de um povo que até então nunca tinha tido uma representante tão solene.


A história passa de maneira fluída e gostosa. Os ápices emocionais e situações chocantes pela qual a protagonista é obrigada a passar nos despertam as mais diversas reações, chocando-nos e nos mostrando as mil facetas daquela que usou a sua voz como forma de protesto numa época em que não existia quem fizesse isso.


As atuações estão deslumbrantes, Andra Day (Marshall - 2017) vem com tudo em sua estreia como protagonista e entrega não tudo de si, mas um pouco mais que isso. Day conseguiu transparecer e viver Billie de um jeito tão visceral que é difícil piscarmos enquanto assistimos, assim como ela se entrega para nós, nos entregamos à ela, e no fim, tudo se torna uma entrega recíproca e profunda entre ambas as partes. Não é à toa que a atriz levou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático com o papel.


Outros nomes do elenco são Trevante Rhodes (Moonlight - 2016), Tyler James Williams (Todo Mundo Odeia o Chris - 2005/2009), Natasha Lyonne (Orange is The New Black - 2013/2019) e Leslie Jordan (Will and Grace). 


A produção do longa é impecável e conseguiram capturar toda a essência do anos trinta, quarenta de maneira magistral, desde as roupas aos cenários e automóveis. 


Outro ponto que eu não poderia ignorar é a trilha sonora, toda cantada por Andra Day que arrasou demais, gente, com instrumentos, acapela, tanto faz, ela sabe o que está fazendo. Ouvir ela cantando hinos da Billie, como Strange Fruit é uma coisa de outro mundo, impossível não se emocionar. 


Indicada na categoria de Melhor Atriz no Oscar 2021, Andra Day tem tudo para conseguir o troféu, talvez apenas ficando atrás de Viola Davis (minha opinião) das outras indicadas na categoria. 


E vocês, o que acharam do filme? Ela merece o tão precioso Oscar por sua atuação? 


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