Outra produção inédita da plataforma Disney Plus em parceria com a Marvel Studio, escrita por Malcom Spellman e dirigido por Kari Skogland, finalmente está entre nós, Falcão e o Soldado Invernal, para a nossa alegria.A história foca em Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan), respectivamente o Falcão e o Soldado Invernal, após os acontecimentos de Vingadores, o Ultimato (2019). Ambos seguiram com seus caminhos, cada um em um lugar, Sam se alistou e aliou às Forças Aéreas, e Buck por ouro lado, vive com o peso e a amargura oriundos da culpa de suas ações de quando ainda estava sob controle da Hydra.
No material promocional da série já estávamos cientes da quantidade de ação que o show traria consigo, a mesma coisa pode ser dita em relação às cenas cômicas que é qualidade tão usual da Marvel, entretanto, logo nesse primeiro episódio posso declarar que me senti muito surpreso por me deparar com uma profundidade muito maior da que eu havia me preparado. Existem cenas extremamente intimistas onde são mostradas tristezas, traumas, feridas e problemas desses personagens que são na maior parte do tempo tão "desumanizados" na telona e transformados em seres intocáveis que de maneira inconsciente nos esquecemos que estamos vendo histórias de seres que ainda sentem e pensam como nós, por isso, digo e repito é ótimo ver essas facetas tão importantes de um personagem serem finalmente utilizadas no universo Marvel e não apenas com as personagens femininas, como procedimento de praxe, chega de apenas as mulheres sofrerem, perderem o controle e mostrarem a sua faceta vulnerável não é mesmo?
É fato que esses personagens não foram tão bem explorados ao longo dos anos em comparação a nomes de peso como Capitão America, Thor e Homem de ferro, e que não os conhecemos de verdade no cinema. No entanto, mesmo secundaristas, o artifício que eles utilizaram ao adentrarem na vida pessoal de ambos os personagens é muito bom, as escolhas muito bem pensadas e se encaixam e não diferem nem um pouco daquilo que foi apresentado deles ao longo desses últimos dez anos no cinema. Artifícios como quando Sam retorna à sua cidade natal e encontra a sua irmã passando por dificuldades financeiras e ele tenta fazer um empréstimo no banco, mas não consegue por não ter uma renda boa o suficiente. Ou quando Buck cria elo com o pai de uma de suas vítimas para tentar se redimir de alguma forma, mas só cava um buraco ainda maior dentro de si mesmo. Essas são escolhas que correspondem às figuras que conhecemos de cada um deles, não precisamos de muito para entender quando o Soldado Invernal aparece pela primeira vez em Capitão América e o Soldado Invernal (2014) que ele é um cara cheio de lacunas e frustrações e que traz consigo o grande peso de não ter tido escolha de suas ações e que isso daria muito pano pra manga se assim os roteiristas quisessem (e assim quiseram, ufa). A mesma coisa pode ser dita referente ao Falcão, que sempre se mostrou o companheiro imbatível e perfeito do Capitão América, com alto valor familiar e ético, portanto em nenhum momento eu senti como se eu estivesse vendo uma nova versão desses mesmos personagens, o roteiro se manteve fiel àquilo que nos foi apresentado em relação a esses coadjuvantes, e isso para mim, é um grande alívio. Odeio quando um personagem se contradiz com ele mesmo e nos dá a impressão de estarmos vendo uma versão paralela do original, não é mesmo Batman do Ben Affleck? rs...
A produção está cinematográfica, o jogo de câmeras, a fotografia e as cenas de dinamismo estão magistrais, fazendo os nossos corações desacostumados com a adrenalina da telona acelerar. A primeira sequência de cenas dão de dez em muito, mas muito filme de ação à la 007 ou Missão Impossível, Sam em uma missão com as forças aéreas era tudo o que eu precisava para simplesmente ficar quieto e assistir sem ficar olhando o celular e as notificações das redes sociais como geralmente eu faço rs.
As atuações estão satisfatórias, dando um crédito muito maior à Sebastian, tendo em vista a maior dramaticidade e nuvem negra que paira nas atitudes e escolhas de seu personagem.
O final desse primeiro episódio abre uma porta gigantesca para que o reencontro de Falcão e Soldado Invernal seja épico, afinal de contas a imagem do Capitão América está prestes a ser manchada por um novo super herói que se auto-intitula o Novo Capitão América. Não sei se vocês sentiram o mesmo, mas tive a impressão de que podemos esperar algo bem parecido, na mesma vibe, de The Boys (2019-atualmente), digo isso pelo estilo caricato e um tanto quando espalhafatoso e narcisista que esse novo super-herói me transpareceu nos últimos segundos do episódio em que ele apareceu, uma espécie de Capitão Pátria, mas teorias à parte, o que vocês acharam do primeiro episódio do show?
Estou que não me aguento pelo próximo e estou confiante que esse seja mais um dos muitos projetos bem sucedidos da Marvel.
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