Finalmente está entre nós a tão
esperada primeira minissérie do universo Marvel, original Disney Plus. Criada
por Jac Schaeffer, Wandavision é a mais nova aposta do novo serviço de
streaming.
Até o momento assisti apenas os três primeiros episódios do show
(liberados até o momento), mas posso dizer de antemão que estou muito
satisfeito com o trabalho feito por eles. A produção e o esmero que eles tiveram ao
trazer elementos outrora muito utilizados em séries dos anos sessenta e setenta
é de cair o queixo.
Para quem não acompanha o universo Marvel no cinema ou já se esqueceu dos
últimos acontecimentos, Wanda (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) são separados
no filme Vingadores Guerra Infinita (2018) quando Thanos faz a “gentileza” de
salvar a vida de todo o universo exterminando metade dos seres vivos, para isso
ele precisa utilizar as pedras do infinito e arranca a pedra da mente da testa
do Visão, o aniquilando para sempre.
Quando saiu a notícia de que haveria essa série todos começamos a nos
questionar como trariam o personagem de volta, tendo em vista o seu trágico
desfecho no MCU, mas é claro que seria através de realidade alternativa, um dos
principais poderes de Wanda, ou feiticeira Escarlate.
Cada episódio nos traz uma situação diferente relacionada ao casal, todos
em épocas diferentes. No piloto, o casal comemora uma data especial da qual não
se lembram a ocasião, nele somos levados ao humor quase plácido das famosas
sitcoms dos anos cinquenta, remento a clássicos como I love Lucy (1951-1957). O
segundo contém um design um pouco mais atual, dos anos sessenta nos fazendo
alusão a séries como Jeannie é um gênio (1965-1970), inclusive no episódio ela
e Visao participam de um show de talentos onde ele é um mágico e ela a sua
ajudante. O terceiro episódio é o primeiro a ser completamente à cor, e já
indica uma onda mais anos anos setenta, e nos apresenta o momento em que Wanda
tem os bebês dela com o Visão.
Eu consegui rir bastante, principalmente nos dois primeiros episódios onde
as piadinhas são muito mais primárias e inocentes.
É incrível como eles conseguiram alinhar e combinar as épocas, o design,
vestuário e os trejeitos dos personagens de uma maneira tão harmônica. A trilha
sonora e as aberturas é outra coisa que dá para ver que eles tiveram todo o
cuidado do mundo para não saírem do contexto de cada episódio, sempre seguindo
a risca os elementos de cada época.
As atuações estão excepcionais, desde os protagonistas aos coadjuvantes. Elizabeth
mostra desta vez uma faceta que eu ainda não conhecia de sua personagem, se
rebelando como uma atriz muito mais flexível e melhor da que eu esperava que
ela fosse. Bettany está simplesmente deslumbrante e consegue capturar todos os
trejeitos tão usuais dos galãs dos anos cinquenta e o mais importante, sem
perder a graça!
Apesar do clima de comédia e descontração muito bem fundamentado pelo
roteiro, no fundo, é bem triste quando paramos para pensar que Wanda está na
verdade passando por um momento de negação em relação à morte de seu amado,
provavelmente sofrendo tanto que não consegue controlar os próprios poderes. Imagino que muitos momentos emotivos e
profundos ainda estão por vir, afinal, em algum momento desta desatinada
aventura Wanda terá que olhar para dentro de si e encarar a árdua e dura realidade de sua atual situação.
E vocês, estão curtindo os episódios? Qual o desfecho ideal para este
delicioso delírio ômega? Deixem o seu comentário!
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