Em briga de irmãos ninguém mete a
colher, só um exército de russos loucos e outro de vikings
descontrolados.
Para começar somos levados à batalha
entre Bjorn Ironside (Alexander Ludwig) e seu irmão Ivar The Boneless (Alex Høgh Andersen), eu
jurava que tudo o que ocorreu no final do décimo episódio da temporada não
passou de um mero sonho, até por que o episódio ficava intercalando entre a
batalha e uma conversa paralela que ambos os irmãos tinham sentados à beira
mar. O começo do episódio 11 já rompeu com a minha expectativa de que tudo
ficaria bem com o nosso tão amado Bjorn. Inclusive a cena épica de sua morte,
quando ele aparece em “espectro” na frente de todos aqueles soldados russos que
já tinham dado a sua morte como certa, foi uma delícia de se assistir, com
certeza uma das melhores mortes da série.
Na batalha, os Vikings saem como os
grandes vitoriosos levando Oleg, o profeta (Danila Kozlovsky) a questionar a
lealdade de Ivar e Hvitserk, e até onde poderia realmente contar com os irmãos.
A maneira como ele manipula Hvitserk é bastante ardilosa, usufruindo de falsas
promessas e principalmente pegando no ponto fraco do personagem, as drogas alucinógenas
. Mesmo com toda a perspicácia do mundo Ivar alerta o irmão das verdadeiras
intenções de Oleg.
A conclusão do arco russo para mim é
bastante previsível, com a missão concluída de levar a criança à seu tio e a
morte prematura de Oleg. O arco serviu apenas como uma espécie de ponte para
nos deixar claro o quanto aquele lugar e aquelas pessoas mudaram Ivar como
pessoa, principalmente a sua relação com o menino e seu breve relacionamento
com a esposa de Oleg.
Ao se despedir de sua amada e seu novo
amigo, Ivar volta à Kattegat e se questiona sobre o futuro, sobre o que o
espera. É claro que o fato de Harald Finehair (Peter Franzén) ser o novo rei da
Noruega não o agradou, contudo não o suficiente para fazê-lo querer dar um
golpe de estado, tendo em vista que o personagem não se sente mais em casa, e é
aí que o oráculo viking, a bruxa (que aliás aparece sempre nessa última
temporada) entra em cena e o lembra da última missão deixada em aberto, a
vingança contra o rei Alfred de Wessex. Quando isso acontece eu cheguei a
despertar do meu banco, era exatamente um dos pontos que não poderiam deixar de
ser tocado pelos roteiristas da série.
Um núcleo que para mim foi muito
difícil de engolir, me julguem, foi o de Ubba Lodbrok (Jordan Patrick Smith) e
sua esposa Torvi (Georgia Hirst), que comeram o pão que o diabo amassou até
chegarem na terra dos sonhos, uma terra povoada por índios, um lugar onde não
existe violência e brigas. O que mais me desagradou não foi o que aconteceu,
mas como aconteceu, foi muito maçante ver episódio atrás de episódio Ubba na
mesma situação, se questionando sobre a veracidade de seus deuses remetendo, é
claro, à Ragnar e a sua crise de religião, mas me deixando um pouco saturado.
Seja dito de passagem, esse final de
temporada inteiro remeteu e foi uma homenagem a esse personagem tão importante
que foi o Ragnar, nesse aspecto, digo e repito a série acertou em cheio.
Nesta terra não nomeada, Ubba
reencontra a sua tão sonhada paz, terras férteis e por último e não menos
importante, Floki (Gustaf Skarsgård), que é outro ponto inconclusivo deixado em
aberto ainda na quinta temporada e que, ao meu ver, requeria um bom desfecho. Um
desfecho muito mais motivado pelo nosso apego emocional ao personagem que pela
história em si. Vê-lo novamente foi importante para nós, fãs que acompanhamos
tão fielmente as suas paranóias nos últimos nove anos.
A cena em que o Ivar está lutando pela
última vez e os seus olhos estão azuis e a gente sabe o que está prestes a acontecer,
é de arrepiar! Só não se emocionou quem não tem coração.
Claro que nem tudo são flores e os roteiristas
foram infelizes em algumas escolhas, como ao deixarem a Ingrid (Lucy
Martin), primeiro se casar com o homem que a estuprou, segundo ficar com o
poder e como a rainha da Noruega. Para mim não fez sentido nenhum, tendo em
vista que a personagem mal apareceu na série. Gunnhild, por outro lado, faria
muito mais sentido se tornar a rainha, contudo com a morte de Bjorn, a guerreira
até pouco aspirante à Lagertha percebe que não conseguirá viver sem o seu amor
e se suicida, um final trágico para aquela que era uma das minhas favoritas ao
trono.
Mesmo com esses pequenos deslizes, a produção da série manteve o nível e
seu impecável trabalho, o elenco também, como sempre cumpriu com a proposta.
Não é fácil fazer um final que agrade a todos, como um grande fã de Vikings e ainda
mais do Ivar, o Sem Ossos, eu esperava um final um pouquinho melhor. Devo admitir que eu tinha
esperança de algo mais épico e colossal, afinal, é quase uma década acompanhando
batalhas e desentendimentos oriundos dos mais variados motivos possíveis
(geralmente relacionados à brigas de irmãos rs), entretanto, agradando ou não,
decepcionando ou não, não posso deixar de bater palmas por eles terem feito uma
história coesa com um começo, meio e fim fechados e sem deixar pontas soltas. Claro que eu amei como a série
trabalhou com os pequenos fan services ao
longo desses tão esperados últimos dez episódios do show. Amo o fato de não
terem deixado nenhum assunto relevante em aberto e considero este um dos melhores
finais de todos os tempos.
Com um humilde, porém louvável final, Vikings é um orgulho para os fãs e
se solidifica como a melhor série do gênero em muito tempo.
E vocês, o que acharam do final dessa saga? Sentirão saudades? Meu coração já está um pouco vazio!
Todos os episódios estão disponíveis na plataforma de streaming Netflix.
Essa série foi umas das melhores que já assisti, te prende de uma maneira, você não tem noção do que irá acontecer se vai dar certo, ou vai dar algo de errado. Na minha humilde opinião, eu amei 😍😍
ResponderExcluirCom certeza é uma das minhas prediletas, também amei!
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