Baseado na série animada Winx Club de
2004, numa parceria entre o estúdio Rainbow e a Netflix, as fadas estão de
volta.
Com um elenco mais desconhecido do
grande público, contudo ainda assim trazendo alguns nomes conhecidos do
público jovem como Abgail Cowen (O Mundo Sombrio de Sabrina) e Eliot Salt
(Normal People), a série conta a história de Bloom, uma jovem que recentemente
descobriu ser uma fada do fogo e vai para a escola Alfea para fadas, aprender a
controlar e utilizar os seus poderes da melhor maneira possível. Lá ela conhece
suas amigas, Musa (Elisha Applebaum), Stella (Hannah van der Westhuysen), Terra
(Eliot Salt) e Layla (Precious Mustapha), juntas elas enfrentam os tão temidos
vilões, os Queimados.
À princípio achei a história um pouco
morta e clichê, sempre a mesma coisa, da menina nova que chega na escola e
causa o maior estardalhaço, já conquistando o coração do mocinho e incomodando
a vilã que é apaixonada pelo mocinho, entretanto, ao longo da história vemos
diversos outros elementos, que no geral, para mim funcionam muito bem quando
estamos falando de séries onde o público alvo é o adolescente/jovem adulto.
Existe a tão famosa inimizade de
mocinha versus patricinha da escola, mas também temos muitas reflexões acerca
de traumas, feridas, amor, amizade, jovens bebendo e curtindo a vida, enfim...
Tudo aquilo que nos chama a atenção e nos faz sentir a juventude no ar quando
assistimos a série.
Não pretendo comparar a série com o
desenho, até porque não me lembro muito da história do desenho ou das características
das personagens (me julguem rs). Mas posso dizer de antemão que fiquei um pouco
frustrado no comecinho do primeiro episódio quando a diretora Dowling (Eve
Best) conta a Bloom que as fadas não se transformam mais, um fato que me fez
repensar se realmente valeria à pena ou não terminar de assistir.
Outro ponto que me desanimou um pouco é
que além das fadas da série não se transformarem, o universo em si, também não
me parece mágico o suficiente. A série quase não usa de efeitos especiais, como
se quisesse economizar cada centavo possível. Eles tinham tudo para explorar
muito mais o mundo deles, mostrar outros reinos, outros tipos de fadas e seres
místicos, mas se limitaram muito à Alfea. Logicamente que talvez isso se deva
ao fato de serem seis episódios experimentais e eles terem preferido deixar o
orçamento mais controlado para quem sabe numa segunda temporada explorarem
outros caminhos, mesmo assim, eu sinto que poderiam ter dado muito mais a nós.
As atuações estão satisfatórias, todos
cumprem muito bem com o papel, se eu tivesse que destacar alguém eu diria que
Eliot Salt, tendo em vista o alívio cômico que sua personagem Terra representa ao
show e também daria um bônus à integrante mais jovem do elenco Sadie Soverall
que interpreta a complexa, caricata e odiosa Beatrix, que paradoxalmente nos faz odiá-la
e amá-la de forma simultânea. Os atores são todos muito bonitos, aposto que vocês
devem ter os seus crushs
A trilha sonora da série é maravilhosa
e eclética. Vai do mais Mainstream ao Underground e menos conhecido, vale à
pena dar uma pesquisada na soundtrack depois. Quase levantei da cadeira quando
começou a tocar Physical da Dualipa e We Appreciate Power da Grimes, dentre
outras ótimas é claro.
A produção está muito boa, como eu
disse, faltou magia, mas as imagens, fotografia, locações, cenários, estão bons
e nos fazem crer que aquele local é real, principalmente tratando-se da escola
de magia das fadas que nos remete um tom rústico legal e completamente
diferente da Alfea do desenho animado e ufa, que bom! Imagina o castelo todo
cor de rosa?
Fate: A Saga Winx tem Inigio Straffi, o
criador do desenho original, entre seus roteiristas e mantém um seguro,
profundo, porém muito bem desenvolvido e organizado arco de situações para suas
personagens nesta temporada. O fato de ser uma temporada compacta com apenas
seis episódios também ajuda a série a não ficar maçante e ter algo mais conciso
com o qual podemos simplesmente relaxar, sem aquela enchição de linguiça que os
roteiristas de séries adolescentes tanto amam (não é mesmo Roberto
Aguirre-Sacasa? Rs).
Com um final instigante e muita coisa em
aberto, resta a nós torcermos para que a Netflix não cancele outra série que
conquistou os nossos corações.
A série já está disponível na
plataforma de Streaming Netflix.
E você, curtiu a série? Quais são as
suas teorias para os próximos acontecimentos? Deixe o seu comentário!
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