Primeiras impressões - Estreia 5ª temporada de The Marvelous Mrs. Maisel

  Dia 14 de Abril, estreou a quinta e última temporada de The Marvelous Mrs. Maisel e o prime video liberou três episódios. Após uma conversa franca com Lenny Bruce (Luke Kirby) no fim da temporada passada, Midge ( Rachel Brosnahan) é obrigada a encarar os fatos, entretanto é tarde demais para voltar atrás e abrir o show de Tony Bennet. Esse é o ponto em que ela percebe que precisa voltar a se mover se realmente deseja prosseguir e ser bem sucedida em sua carreira como comediante. A temporada já começa com uma cena de 1981, de uma garota em uma espécie de terapia, essa garota o roteiro não deixa claro quem é, mas tudo indica ser a filha de Midge porque no segundo episódio vemos uma espécie de documentário onde essa mesma garota ou uma muito parecida com ela está dando entrevista sobre como é ser a filha de Midge Maisel. Eu acho que essas cenas do futuro são muito boas e dá até um aperto no coração de saber que o roteiro está fazendo isso propositalmente para conseguir encerrar ...

CRÍTICA ESPECIAL EMMY 2020: Killing Eve, terceira temporada

Com uma temporada mais amena e uma nova showrunner, Killing Eve continua consistente e bem estabelecida como uma das minhas séries prediletas.

A série que é baseada na série de romances Villanelle, de Luke Jennings, nos traz a conturbada relação entre Eve Polastri (Sandra Oh) uma agente da inteligência britânica e a assassina psicopata Villanelle (Jodie Comer). Tudo começa com uma rivalidade que aos poucos vai virando uma obsessão. Cada temporada é liderada por uma showrunner feminina diferente. Na primeira temporada tivemos um impecável trabalho de Phoebe Waller Bridge (Fleabag), na segunda foi a Emerald Fenner, essa terceira foi a vez de Suzanne Heathcote.

Nessa terceira temporada eu tive uma perspectiva diferente da história e personagens. A série manteve a sua qualidade é claro, mas conseguimos ver um roteiro muito mais simplista, com uma história mais fechadinha. Após a morte de seu chefe que era um agente duplo Frank Haleton (Darren Boyd), Eve Polastri descobre que a conta bancária dele (que era mantida pelos doze) continua ativa e recebendo transações, como o depósito recente de mais de seis milhões de Libras. A partir dessa descoberta diversos eventos ocorrem, alguns que partem o meu coração como a morte de Kenny Stowton (Sean Delaney) e muitas traições e contradições do Konstantin (Kim Bodnia), como não poderia ser diferente.

Os acontecimentos intercalam entre partes dramáticas e fortes como os assassinatos tão característicos da série, uma boa tensão sexual entre as protagonistas e é claro, a comicidade, outra qualidade tão famosa de Killing Eve. Uma coisa que o roteiro acertou muito foi em explorar mais à fundo a história e passado de Villanelle, o que a levou a ser uma psicopata? Quais são as suas “justificativas”? Ela tem uma família? Já tava passando do tempo de descobrirmos mais dessa personagem tão ironicamente amada pelo público.

A direção da série é um dos maiores trunfos de Killing Eve, levando em consideração a quantidade de países e locais diferentes em que as cenas são gravadas. A fotografia nunca deixa a desejar, a iluminação varia entre mais clara e mais escura nos mostrando a instabilidade de personalidade de suas personagens. A trilha sonora é um elemento bem escolhido e atribuído ao longo dos episódios.

Outro trunfo e o que faz dessa série tão premiada são as atuações, Jodie Comer é sim a grande estrela da série, toda vez que a Villanelle aparece é como se uma luz se acendesse, não é à toa que no Emmy do ano passado foi a sua vez de ganhar na categoria de melhor atriz em série dramática com o papel, esse ano inclusive ela está concorrendo novamente na mesma categoria. Outra atriz que ninguém duvida de suas qualidades é a sua co-protagonista, Sandra Oh, o motivo inicial para eu ter começado a assistir Killing Eve rs.... A cena do ônibus é uma coisa para se guardar na memória, só assistindo para vocês me entenderem, Sandra também é uma das indicadas ao Emmy desse ano na mesma categoria de sua colega, essa é a terceira indicação consecutiva de Sandra Oh só com essa série, indicada desde a primeira temporada. Não levou nada ainda, mas não custa sonharmos né?

Outro nome que rouba a cena é Fiona Shaw (a tia Petúnia de Harry Potter rs), que interpreta a chefe do MI6 Carolyn Martens, uma mulher fria, pragmática e sincera que não se intimida por nada. Depois das protagonistas ela com certeza é a que eu mais gosto, e a sua relação com a sua filha, o contraste de diferença de personalidade delas é um prato cheio de momentos intensos e engraçados. Indicada na categoria de melhor atriz coadjuvante em série de drama pela segunda vez consecutiva no Emmy desse ano, Fiona é uma concorrente árdua de se vencer, tenho dó de suas colegas de categoria!

Uma nova personagem que me conquistou foi Dasha Duzran (Harriet Walter), como a treinadora e cuidadora de Villanelle, sabe aquele tipo repulsivo e odiável de personagem, essa é Dasha, todas as cenas que ela aparecia eu vibrava. Konstantin é outro que merecia uma indicação ao Emmy, mas não foi dessa vez, parece que o forte e foco dessa série tão envolvente, são as personagens femininas.

Em seu segundo ano no topo das indicações, incluindo uma das categorias mais importantes da noite, o de melhor série dramática, Killing Eve veio para inspirar, empoderar e potencializar o que significa ser mulher.

Com uma quarta temporada confirmada, a próxima será comandada por Laura Neal (Sex Education).

Killing eve é uma produção original BBC, aqui no Brasil a série está disponível na plataforma de streaming Globo Play.

E vocês, concordam com todas as indicações, queriam mais alguma?  Deixem o seu comentário!

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