Primeiras impressões - Estreia 5ª temporada de The Marvelous Mrs. Maisel

  Dia 14 de Abril, estreou a quinta e última temporada de The Marvelous Mrs. Maisel e o prime video liberou três episódios. Após uma conversa franca com Lenny Bruce (Luke Kirby) no fim da temporada passada, Midge ( Rachel Brosnahan) é obrigada a encarar os fatos, entretanto é tarde demais para voltar atrás e abrir o show de Tony Bennet. Esse é o ponto em que ela percebe que precisa voltar a se mover se realmente deseja prosseguir e ser bem sucedida em sua carreira como comediante. A temporada já começa com uma cena de 1981, de uma garota em uma espécie de terapia, essa garota o roteiro não deixa claro quem é, mas tudo indica ser a filha de Midge porque no segundo episódio vemos uma espécie de documentário onde essa mesma garota ou uma muito parecida com ela está dando entrevista sobre como é ser a filha de Midge Maisel. Eu acho que essas cenas do futuro são muito boas e dá até um aperto no coração de saber que o roteiro está fazendo isso propositalmente para conseguir encerrar ...

CRÍTICA: Cursed, A Lenda do Lago - Primeira temporada (com spoilers)


Baseado no livro Cursed de Thomas Wheeler e Frank Miller e protagonizado por Katherine Langford (13 Reasons Why), com nomes conhecidos como Gustaf Skarsgard (Vinkings) e Peter Mullan (Ozark). A nova aposta da Netflix, Cursed, vem com muitas promessas, muito burburinho, chegaram a nomeá-la a nova Game of thrones, mas será que é para tanto?

Liberada pela Netflix no dia 17 de Julho de 2020, a história nos apresenta à história de Nimue (Katherine Langford), uma jovem feiticeira amaldiçoada quando criança por um deus urso, sua relação conflituosa com o povo de sua aldeia e a autodescoberta de sua força interior ao ter que cumprir uma missão deixada por sua mãe. A missão consiste em entregar uma espada mágica e poderosa nas mãos de Merlin (Gustaf Skarsgard), todavia, essa é a espada do poder e visada por todos os reis do mundo, a menina encontra um grande dilema pela frente. 

Existem outros grandes percalços ao longo do caminho como a existência do paladinos que são monges que odeiam os feéricos (seres mágicos), nos trazendo grandes reflexões em relação a minorias e diferenças, exatamente como ocorreu em Carnival Row (2019), onde essas criaturas sofrem muito preconceito e injustiças.

A premissa é interessante, existem momentos em que a história flui muito bem, entretanto em algum ponto da história, eu diria que do episódio seis em diante a série passa a se perder com reinos, histórias, e acontecimentos simultâneos. As soluções muitas vezes são simplistas e os personagens contraditórios.

Como quando Nimue é “roubada” por Arthur (Devon Terrell) e ela se diz imperdoável, mas no mesmo episódio praticamente eles fazem as pazes, ou quando o personagem Monge Choroso (Daniel Sharman) do nada passa para o lado dos feéricos no último episódio, sendo que até então em nenhum momento ele havia hesitado em matá-los, não mostrando um desenvolvimento plausível que nos convença. São esses pequenos detalhes que fazem de uma série consistente ou não consistente.

A direção é ótima, a fotografia linda, a trilha sonora condiz muito com a temática da série nos trazendo músicas do tipo celta. Um elemento que eles utilizaram e que eu amei foi misturar desenhos quando queriam passar de núcleo para núcleo ou finalizar um episódio como ocorre no final do primeiro episódio quando Nimue mata os lobos e o sangue vai se espalhando e espirrando na câmera até tudo ficar vermelho.

A abertura me remeteu muito à abertura de O mundo sombrio de Sabrina também feita com desenho. 

As atuações estão ótimas, o elenco cumpre com os seus papéis de maneira satisfatória, tanto que nem lembrei da Hannah Baker (13 Reasons Why) enquanto assistia a série rs... O destaque de atuação para mim, por incrível que pareça vai para um personagem que não aparece tanto, mas quando aparece eu gosto muito que é o rei Uther Pendragon (Sebastian Armesto). Sebastian soube fazer o perfeito rei conflituoso, vulnerável e mimado, no momento em que mata a sua própria mãe é a cena mais interessante para mim, pois o ator conseguiu transmitir tanto uma satisfação vingativa quanto uma tristeza ao mesmo tempo, mandou muito bem!  Emily Coates é outra que na primeira aparição eu tinha certeza que me conquistaria, com amor e ódio, mais ódio, mas me conquistaria com a sua personagem fria e categórica irmã Iris e foi dito e feito, que atuação! (que menina do cão rs). 

Agora essa comparação que a série está tendo com Game of thrones tem um fundamento, ambas as séries nos apresentam uma atmosfera muito parecida medieval, onde existem seres com poderes sobrenaturais, uma religião fundamentalista, reis tirânicos lutando pelo mesmo trono (neste caso também pela mesma espada). Quando Nimue chega ao poder ela comove multidões da mesma maneira que Daenarys Targaryen (Emilia Clarke), se tornando a grande salvadora, a grande esperança. Aliás um outro tópico bastante levantado e semelhante com GOT é o feminismo da série, quando a protagonista é colocada num lugar de destaque. 

No entanto dizer que Cursed nos trouxe um material tão bom e completo quanto Game of Thrones é puro delírio. A série peca muito no jeito de contar a história, não existe a coragem e ousadia de matar personagens importantes, eu não acredito que Nimue realmente morreu, e apesar da série não ter sido a melhor do estilo que já vi, me entreteve bastante do começo ao fim.

Com a revelação final de que o Monge Choroso é na verdade o cavaleiro da távola redonda Lancelote, a série abre um leque de que a próxima história explicará como Arthur chegará ao poder, além de trazer o tão famoso triangulo amoroso dos livros, Rei Arthur, Lancelote e a rainha Genebra.

Ainda não foi confirmada uma segunda temporada, porém estou crente que por ser um projeto tão grande da Netflix, logo, logo teremos ótimas novidades.

E vocês, o que acharam desse final de temporada? Esperançosos por uma possível sequência? Deixem o seu comentário.

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